terça-feira, 10 de setembro de 2013
Boxe Prática saudável e completa
Manter o corpo em atividade e praticar esportes é essencial para ter uma vida saudável. Mas muitas vezes, na hora de escolher um exercício físico, deparamos-nos com um dilema: afinal, qual deles é o mais completo? Qual traz mais benefícios à saúde? O ideal seria aquele que reunisse todas as vantagens, desde a perda de peso e questões estéticas do corpo até fatores como melhorias para a resistência cardiorrespiratória, fundamental para o bom funcionamento do sistema cardíaco. A revista americana Forbes foi em busca dessa resposta e, com a ajuda de médicos, atletas e treinadores, montou um ranking dos 10 melhores esportes para praticar.
Para descobrir o melhor, a publicação atribuiu pontuações a cinco quesitos: “resistência cardiorrespiratória”, “força” e “resistência muscular”, “flexibilidade” e “gasto calórico” tiveram pontuação de um a cinco, sendo cinco “excelente” e, um, “nada especial”. Enquanto isso, o item “risco de lesão” recebeu notas de um a três, sendo três “baixo” e , um, “alto”.
O squash foi o grande vencedor da votação promovida pela Forbes, conseguindo desbancar outras práticas saudáveis consagradas, como o remo, a escalada e a natação. Com o ranking em mãos, o Super Esportes começa uma série de 10 reportagens na qual mostraremos cada uma das práticas esportivas citadas na lista. Veja qual se encaixa mais no seu perfil.
Cálculo
O gasto calórico foi baseado em uma pessoa de 86kg praticando a atividade por 30 minutos. Nota cinco equivale a 450 calorias ou mais; quatro, a 400-450; três, 350-400; dois, 300-350 e, um, 250-300.
Ranking dos 10 melhores exercícios físicos
1. Squash
2. Remo
3. Escalada
4. Natação
5. Esqui cross-country
6. Basquete
7. Ciclismo
8. Corrida
9. Pentatlo
10. Boxe
Entenda os quesitos
» Força muscular: máxima tensão que um músculo ou grupo muscular consegue chegar, segundo o Colégio Americano de Medicina do Esporte (ACSM).
» Resistência cardiorrespiratória: capacidade de utilizar oxigênio para gerar energia, expressa pelo VO2máx. Quanto mais, melhor!
» Resistência muscular: capacidade de resistir à fadiga, fazendo o maior número de contrações sem diminuir frequência, força, velocidade ou amplitude do movimento.
» Flexibilidade: amplitude de movimentação de uma articulação ao longo do movimento.
» Risco de lesões: risco de lesionar algum músculo ou articulação durante a prática do exercício.
» Gasto calórico: quantidade de calorias gastas para realizar os movimentos que a atividade exige.
Para saber mais
Para praticar o boxe, você precisa basicamente de luvas — que variam de R$ 70 a R$ 200, dependendo da marca —, de faixas para proteger os ossos, de protetor bucal e de tênis leves que facilitem os movimentos. Em Brasília, várias academias oferecem a aula, como Companhia Atlética, Dom Bosco, World Gym e Body Tech.
Notas do boxe
Resistência cardiorrespiratória: 3,5
Força muscular: 3
Resistência muscular: 5
Flexibilidade: 2
Gasto calórico em 30min (302kcal): 2
Risco de lesões: 2
Lutar faz bem
A série começa com o esporte que ficou em décimo lugar na lista: o boxe. Como a própria revista americana cita, se você não se importar com ocasionais lábios cortados e alguns roxos, o exercício é uma mãe para o sistema cardiorrespiratório e ótimo para ganhar resistência muscular. “Na verdade, a chance de se machucar em uma aula de boxe é muito pequena, pois o contato de verdade só existe quando você vai para o ringue. Lá sim, a situação é mais complicada e pode ter sérias consequências. O aparecimento de lesões depende do tipo de treinamento que a pessoa está fazendo”, comenta o professor de boxe e lutador Luciano César Faria.
Márcio Barbosa, treinador da pugilista brasiliense Sthepanie Carvalho, chama a atenção para a técnica na hora de dar socos. Segundo ele, se a pessoa não souber direito como golpear, pode acabar tendo lesões. “No treinamento, você esmurra sacos de 40kg, 50kg. Então, se socar errado, pode abrir o pulso, machucar o ombro. Tem que tomar cuidado”, comenta.
Apesar desses detalhes, tanto Luciano quanto Márcio ressaltam que o boxe é um ótimo exercício para trabalhar a coordenação motora, a concentração e o condicionamento físico. “Por mais que a pessoa pratique só por hobby, o treinamento é bastante puxado. Você pula corda, faz abdominal, bate no saco, corre, faz flexão. Tudo isso dá muito condicionamento, pois trabalha demais a respiração”, explica Márcio. “É bom também tanto para quem quer perder peso quanto para quem quer ganhar definição e massa”, diz Luciano.
Segundo ele, nos últimos anos, o boxe virou moda em academias, principalmente pela capacidade que a prática tem de modelar o corpo. “Nas minhas aulas tem muita mulher. Elas são as que mais procuram o boxe como prática para melhorar o físico”, afirma Luciano. As partes do corpo mais trabalhadas são o abdômen, o peito, as costas e os braços. Já as pernas são acionadas na movimentação durante a luta. “O recomendável é fazer um trabalho de musculação na pernas para fortalecê-las, já que no dia a dia do boxe elas ficam em segundo plano”, comenta Márcio.
Suando no ringue
Praticante de boxe há seis meses, Giselle Garcia, 28 anos, conta ter optado pelo exercício porque precisava perder peso e não estava conseguindo somente com a musculação. “Nesse pouco tempo, já senti bastante diferença, principalmente na região da barriga. A aula é bem puxada, dá para cansar bastante. Eu acabo desmontada”, comenta. “Além disso, é ótimo para desestressar. Descarrego tudo na hora dos socos”, diz. Segundo ela, o fato de ser mulher traz algumas desvantagens na hora de fazer “luvinha” (como os boxeadores chamam a simulação de luta) com os homens. “A gente tem menos força, né? Mas eles pegam leve. Nunca me machuquei. Gosto de ir para o combate”, afirma.
“Boxeador” a mais tempo, o publicitário Leo Rocha, 24 anos, luta há três anos e confessa ser viciado no esporte. “Eu adoro. Gosto muito de lutas e também faço capoeira. Minha parte preferida da aula são os momentos em que entramos no ringue. É bom para descarregar a energia e dá muito condicionamento físico”, comenta.
Outro que também gosta da hora dos socos é o pequeno Mayã Lima Frota, 11 anos, que pratica boxe há três meses. “Faço Muay Thai também e decidi entrar no boxe porque no muay trabalho mais perna. E aqui, mais braço. Então, complementa. O boxe me deu mais habilidade e flexibilidade”, conta ele, que não se intimida por ser menor que os outros lutadores. “É ruim porque tenho que ficar olhando para cima e acabo abrindo a guarda. Já levei uns socos e fiquei vermelho, mas não ligo não”, conta.
Palavra do especialista
“Por causa do treinamento pesado, o boxe é um esporte que dá muito condicionamento físico. Você corre, pula, soca. Porém, é preciso tomar cuidado na hora do combate, porque é muito violento estar no ringue. Além disso, a musculatura tem de estar forte, rígida, tanto para aguentar os socos quanto para dar um murro em um saco, por exemplo.”
Keila Fontana, fisiologista
Fonte:
Super Esportes.
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